"As declarações do general Ashfaq Parvez Kayani seguiram-se a um comentário do chefe de estado-maior interarmas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, em que este acusou o Governo de não fazer o 'suficiente' no combate aos talibãs e dos serviços secretos militares paquistaneses apoiarem os islamitas", escreve o diário Dawn.."O comandante do exército rejeitou 'categoricamente a propaganda negativa de que o Paquistão não está a fazer o suficiente e que lhe falta uma estratégia clara', afirmou o general um dia depois de Mullen se ter reunido com as principais chefias militares em Islamabad.".O Paquistão enfrenta no Noroeste do país uma insurreição dos islamitas radicais, que controlam vastas zonas das áreas tribais autónomas e que se têm oposto com sucesso a várias ofensivas das forças governamentais.."O exército defendeu a sua acção no combate ao terrorismo, mas admitiu a existência de 'um défice de confiança entre as instituições e as pessoas' nos EUA e no Paquistão", refere o diário..O comandante americano afirmou, ainda no Paquistão, que os serviços secretos militares deste país "cultivam uma relação" com um grupo de talibãs afegãos, que opera a partir das áreas tribais paquistanesas. .Este grupo é responsável por alguns dos atentados mais sangrentos contra alvos americanos no Afeganistão, como o ataque suicida numa base de Khost, em 2009, em que perderam a vida sete agentes da CIA, recorda o jornal.